10 de ago. de 2009

Imprensa: "Artistas esquecidos retomam a trilha"

Mestre Santino Cirandeiro de Nazaré da Mata.


Jornal do Commercio:

Na Década de 70, a ciranda popularizou-se entre a classe mídia, nas saudosas rodas do Pátio de São Pedro, tornando conhecidos os trabalhos de Mestre Baracho, Dona Duda do Janga. Com o fim do modismo, Lia de Itamaracá foi praticamente o único nome a permanecer na mídia, a ponto de gravar, em 1977, um LP na extinta Rozenblit, embora tenha aparecido pouco na década seguinte.


O ressurgimento do seu trabalho, após a participação no Abril pro Rock, gerou uma época produtiva para o desenvolver de outras cirandas, menos famosas e que só agora, 30 anos depois, divulgam, mesmo que artesanalmente, seu trabalho.

Joõo da Guabiraba é nome de referência entre praticantes e estudiosos da ciranda, mas pouco conhecido do público. À frente da Ciranda Mimosa há 31 anos, passou a ter repercussão entre o público depois da participaçãoo no segundo álbum da coletânea Pernambuco em Concerto e, finalmente lança o primeiro CD, gravado ao vivo durante a Fenneart, em julho.

“A Ciranda ainda existe por força da vontade de quem faz, esses espaços que às vezes surgem são bem-vindos, para que mais gente descubra o ritmo. Acho que qualquer expressão da ciranda, estilizada ou não, é válida. O importante é que ela sobreviva.”

Além do mesmo nome, João Limoeiro, teve trajetória de resistência semelhante é do mestre da Ciranda Mimosa. Fundou a Ciranda Imperial da Bomba do Hemetério, em 1972, depois tornada a Ciranda Brasileira, que de àgua Fria passou a ser sediada em Carpina, até hoje. O único CD que gravou, depois de 2 LPs, (um em 1981 e outro em 1992), foi lançado em tiragem independente no ano passado. Depois de ser descoberto por Siba, vocalista do Mestre Ambrósio, fez sua primeira apresentação para o grande público no do Festival de Inverno de Garanhuns.

Assim como a Ciranda Brasileira de João Limoeiro, outros artistas populares são responsáveis pela perpetuação da tradicional ciranda no interior do Estado como Santino de Nazaré da Mata, e Zé Galdino, da cidade sertaneja de Buenos Aires, e Dulce e Biu, as filhas de Baracho que dão seguimento ao trabalho do pai em Carpina.

Com relação a este tema, saiba mais (arquivo NordesteWeb)

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